the bali spirit
31.3.15
my home is the universe · para ti querida Daniela
27.3.15
PT
querida Daniela,
o teu sorriso era contagiante, a tua beleza inspiradora e a tua energia radiante. conectamos em 3 segundos e partilhamos as nossas vidas, sonhos, aventuras e paixões. ficamos de nos visitar, tu irias a Portugal um dia e eu ao México a Tulum, sonho antigo. não interessa, conectamos, estamos na mesma frequência e vamos encontrar-nos de novo.
partiste para a tua casa, o grande universo tal como tinhas gravado nas tuas lindas costas. e deixaste o teu brilho em cada um dos nossos corações. Ah e não vou esquecer todas as fotos que tiraste nas minhas aulas de yoga que por qualquer razão nunca cheguei a ver. não faz mal, estão na minha memória. lembro-me de umas lindas.
hoje dediquei a minha prática a ti e sei que vais estar por perto como um anjo no céu. a proteger-nos, uma deiti feminina e abundante, feliz e linda.
vou aqui deixar um texto teu super inspirador para que todos possam ler. foi destino estares nesse avião que caiu nos Alpes. foi a tua última viagem antes da maior.
beijinhos e obrigada querida Daniela.
*
«hubiera podido seguir trabajando en Nestlé España, probablemente sería un gran ejecutiva y ya tuviera mi nacionalidad española, pero eso, era el sueño de mi papá.
hubiera podido casarme antes de los 30, haber tenido hijos y ser una ama de casa, pero eso, era el sueño de mi mamá.
hubiera podido dedicarme a dar clases de yoga y porque no, tener un centro yoga, pero eso, era el sueño de mi hermana.
hubiera podido salirme de Facebook y mantener una vida más privada, pero eso, era el sueño de un ex.
hubiera podido dejar de viajar sola y regresar a la ciudad donde nací y en donde está gran parte de mi familia, pero eso, era el sueño de otro ex.
¿De quién es la vida que estás viviendo? ¿Tuya o de alguien más? Si yo le hubiera hecho caso a las expectativas que tenían otros de mí, mi vida hubiera sido MUY MUY distinta. Y hoy, me enorgullece decir que vivo una vida MUY MUY feliz, haciendo lo que me gusta, disfrutando de la vida a mi manera y sintiéndome plena y completa.
Mi consejo para ti es que no dejes de escuchar esa vocecita que está dentro de ti. Esa vocecita tiene la respuesta de lo que estás buscando, y a veces por muy loca que parezca, siempre te dará lo que te haga más feliz.
Porque HOY ES UN GRAN DIA
Daniela Ayon»
*
EN
dear Daniela,
your smile was contagious, your beauty inspiring and your energy radiant. we connected in approximately 3 seconds and we share our lives, dreams, adventures and passions. we laughed. we made plans, you would visit me in Portugal and I would go to Mexico to Tulum, an old dream of mine. it does not matter, we connected for ever, we are on the same frequency and we meet again soon.
you went home, to the big Universe as you had written in your beautiful back. and left your brightness in each one of our hearts. Oh and I will not forget all the photos you take in my yoga classes who for whatever reason never got to receive. doesn´t matter again, they are in my memory. I remember some beautiful.
today I dedicated my practice to you and I know you'll be around as an angel in heaven. to protect us, as a deiti feminine and abundant, happy and beautiful.
I leave here a text from you so everyone can read your wise words about your inspiring life. it was destiny that you were in that plain that crashed in the Alpes, your last trip before the higher one.
love and thank you dear Daniela.
Etiquetas:
ashtanga,
freedom,
karma,
meditation,
sisterhood,
yoga
o dia do silêncio · the silence day
20.3.15
PT
hoje é dia de silêncio em Bali. dia de meditação, de jejum, de introspecção. é o primeiro dia do ano no calendário balinês, e assim aqui se começa o novo ciclo que vai durar mais ou menos um ano.
todos ficamos em casa, ninguém pode sair, ver televisão e nem cozinhar se deve. o aeroporto fecha e os únicos sons que se ouvem são dos da Natureza tropical, os pássaros, a água dos rios, os vários insectos. que benção!
e quando se usa um calendário lunar e sincronizado com o todo, tudo conecta. hoje além de lua nova, temos eclipse solar e equinócio da primavera, por isso, muita energia no ar!
e pergunto-me hoje o que seria se em todo o mundo se começasse o ano novo desta forma. se em vez das clássicas ressacas no primeiro de Janeiro acordássemos para refletir em nós, no mundo, no que aqui fazemos, e se meditássemos sobre o que podemos fazer melhor. ou se simplesmente nos escutássemos e ao nosso interior, entrando em profunda meditação tornando-nos conscientes da nossa respiração usufruindo um momento de paz e segurança interior. no primeiro dia do ano.
os balineses, tenho dito, estão para mim o mais próximo possível do que é ser perfeito na condição humana em que nos encontramos. e hoje mais uma vez, e da melhor forma, provam isso mesmo.
Happy Nyepi!
EN
today is silence day in Bali. meditation, fasting and introspection celebration for the beginning of the new year in the Balinese calendar. this is how the Balinese receive the new cycle that will last for about a year.
we all must stay home, no one can go out except the Pecalang (a kind of police that makes sure everything is in silence), we are not supposed to watch TV or even cook! the airport is closed and all we can ear are the sounds of the tropical nature, the birds, the river water, the many insects... what a blessing!
and when we live according to a lunar calendar, synchronised with the whole, everything synchs and connects. today we are under the influence of a new moon, a solar eclipse and the spring equinox, so lots of energy in the air!
and I wonder today, what would be the world if we all would start the new year this way. if we all would wake up on the first of January and reflect on us, in the world, what we are doing here, who are we, going back to the roots, to our seeds and meditate in what can we do better. or just listening to ourselves, to our inner and go into deep meditation becoming aware of our breath enjoying this unique moment of inner peace and security.
the Balinese, I´ve been saying, are for me, as close to human perfection as we can get in the condition we find ourselves. and today again, at their best, they prove so.
Happy Nyepi!
Etiquetas:
calendar,
divine,
Lua Nova,
meditation,
moon,
new cycle,
purification,
transformation,
yoga
the shala
4.3.15
PT
sair de mysore e da Índia não é fácil. para quem como eu conecta com a energia daquele sítio, a vontade de sair na realidade não existe. a Clara Pang, uma amiga minha de Nova Iorque, contava que um amigo dizia que deixar Mysore é como tirar uma criança de sua mãe...
ok aqui deixo uma descrição sumária do que é uma manhã na vida de Mysore.
acordo às 3h45 (tenho amigos que acordam às 2h30..), tomo um duche, estou desperta, visto-me para ir praticar. bebo um pouco de água e medito durante uns 20 minutos para me focar e relaxar antes de uma prática e todo um cenário que vai ser intenso, forte, quente.. lindo. já sinto borboletas na barriga. saio de casa 1 hora depois, pelas 4h45 já que a minha prática começa às 5h30. bom, mais ou menos, estamos na Índia e a hora do shala é todo um conceito que leva o seu tempo a perceber..
sentados do lado de fora vamos ouvindo Sharath a dizer «one more». a ordem de chegada vai sendo respeitada, apenas muda quando diz «one more small» e aí já se sabe que é um dos cantos do shala. eu sou uma das felizardas (ou não..) dessa ordem do guru. enquanto se espera a intensidade é enorme, por mais que se pratique aquela sensação na barriga antes de entrar não passa. como se todos os dias fossemos entrar num palco, com a diferença que ali o público é apenas a nossa mente, os nossos medos, as nossas inseguranças, é o espelho do que somos e ali todos somos transparentes e, por isso vulneráveis. e de alguma forma é por isso que nos entendemos. a conexão entre nós vai para lá das palavras.
os que praticam lá dentro estão já em ebulição. a energia é incrível. tenho uma amiga, Deepika Mehta que diz que este é o shala mais intenso do mundo e tem razão. cerca de 50 pessoas suam em conjunto e em uníssono, respirando, meditando, a saltar, a torcerem-se ou contorcem-se, cada um a seu ritmo mas todos sentindo as mesma pressão de estar presente sob o olhar do mestre que vê tudo, como tanto gosta de dizer. Sharath leva-nos aos limites e para lá deles.
já me começo a habituar a que o meu dia-dia mudou e que deixei esta tribo que não deixa de ser doida no sentido mais puro e saudável da palavra.
EN
leaving India is not easy. for those like me that totally connect with the energy of that place, the desire to leave in reality does not exist. my friend Clara Pang told me about a friend that used to say something like « leaving Mysore is like taking a child out of his mother»...
a brief description how a morning Mysore works...
I wake up at 3:45 am (I have friends waking up at 2:30 so I am a late one..), take a shower, I feel awake, and dress for practice. I just drink some water and meditate for about 20 minutes to focus and relax before THE practice where the whole scenario will be intense, strong, hot .. beautiful. you never know what will happen and always look forward to that. I feel already the butterflies flying in my belly. I leave home one hour later, by 4:45 a.m. since my practice starts at 5:30. well, more or less, we are in India and shala time is a whole concept to understand..
sitting outside we hear Sharath saying «one more». the arriving order is respected, just changes when he says «one more small!» and then we know that is one of the corners in the shala. and everybody looks at me... I am one of the lucky ones (or not ..) following the guru's order.
during that waiting time the intensity is huge, no matter how many times you practice that feeling in the stomach before going in is there. as if every day we will perform in a stage, with the difference that the public there is only our mind, our fears, our insecurities, and we are the mirror of ourselves. and we are all transparent and vulnerable. and somehow that's why we understand so well each other, and the connection between us, spiritual practitioners, goes beyond words.
during that waiting time the intensity is huge, no matter how many times you practice that feeling in the stomach before going in is there. as if every day we will perform in a stage, with the difference that the public there is only our mind, our fears, our insecurities, and we are the mirror of ourselves. and we are all transparent and vulnerable. and somehow that's why we understand so well each other, and the connection between us, spiritual practitioners, goes beyond words.
those who are practicing are already boiling. the energy is amazing. I have a friend, Deepika Mehta, that says that this is the most intense shala the World and she is right. about 50 people sweat together and in unison breath, meditate, jump in the vinyasa, into the asana to follow, in an effort and struggle, each at his own pace but all feeling the same pressure to be focused and present under the eye of the master who is «watching everything» as so much likes to say. Sharath takes us to the limits and beyond them.
I am getting used to the fact that my daily routine has changed and I left this crazy tribe in the most pure and healthy sense of the word.
Etiquetas:
ashtanga,
connections,
India,
mysore,
practice,
transformation,
yoga,
yogamom
Subscribe to:
Posts (Atom)