deixar a Índia não é fácil. é mesmo assim. é outra dimensão, yogi, é ir o fundo das coisas, do que somos, da essência, do que se é, bom, mau, mágico ou não, espiritual. foram mais de 2 meses e teria continuado a busca, que é para sempre, não fossem as minhas filhas.
e aterrei em Bali. no verdadeiro sentido, tive a pior aterragem da minha vida, pensei que morria e só pensava nas minhas meninas à espera da mãe no aeroporto e não me verem nunca mais. ooowww. como a vida é efémera e dois segundos bastam para tudo ser diferente. há que estar presente, o yoga ensinou-me isso. e é nestes momentos que sabemos onde estamos no processo da consciência e se se sente a tal paz... interior.
no preciso momento em que chegava à ilha dos deuses atravessava também uma espécie de tornado e o avião era como uma pena frágil num céu branco e ventoso. ao meu lado vinha um casal, Kevin James (que dá uns kirtans lindos) e sua namorada, vi que ela rezava, eu o gayatri mantra, a pensar no piloto dizendo-lhe que estava com ele, acontecesse o que acontecesse. quando chegamos a terra, bateu-se palmas, suspirou-se de alívio, o avião respirou, lágrimas foram choradas, só quis sair dali para abraçar as minhas meninas e mãe. o resultado foi que aterrei em bali, senti-me em terra e enraizada, como se os dois meses fossem de repente um sonho distante.
mas hoje senti, senti a minha prática diferente, que já não estou na energia do shala nem ouço a voz do guru, o corpo a adaptar-se ao novo clima húmido de Bali, o dia-dia. e agora, o que se passa depois? com levar para o dia-a-dia o que aprendemos no tapete?
obrigada mysore. obrigada sharath e a todos os meus antigos e novos amigos e like-minded people. não queria dizer nomes porque muitos estão no coração.. muitos mesmo... sim tu que lês estás e seria uma lista imensa e temo esquecer alguém :) mas a Sílvia e a Raquel com quem vivi o primeiro mês em frente ao parque e fizemos os melhores rooftops de mysore e a Si Au e Lleo, o Michael e Boris, da casa do chocolate man tiveram uma luz especial nesta viagem. as estrelas juntaram-nos para sempre. todo o meu amor.
photo credits to Tiago d´Oliveira, um fotógrafo fabuloso português que anda pelo mundo, de quem vão ouvir falar :)
EN
on the third day it finally hit me. just today I felt I left Mysore, the shala, India.
leaving India is not easy. because its a different yogic dimension, reaching the bottom, who are we, the essence of what is. for the good and bad, magic and not, spiritual. I refreshed my sadhana for two months but would have continued for the long-life journey if not for my daughters.
and landed in Bali. in the true sense, I had the worst landing of my life, it crossed my mind to die and only thought of my daughters waiting for their mom at the airport and not see me ever again. ooowww. life is so ephemeral and two seconds are enough for everything to change. so yoga taught me to just be and present... and it is in these moments that recon where in the process of consciousness are we.. and how close to feel the real peace ... within...?
at the precise moment that I was landing in the island of the gods a kind of tornado was passing by as well and the plane felt like a fragile feather in a white and windy sky. next to me came a couple, Kevin James and his girlfriend (he gives this amazing kirtans), and I saw that she started to pray and I began to chant the Gayatri mantra and sending energy to the pilo telling that was with him, no matter what. when we touched ground, there were clapping hands, sounds of relief, the plane breathed, tears were cried, and I just wanted to get out and hug my girls and mom. at the end the result was that I landed in Bali, I felt rooted and the grounding energy made the two months seem a distant dream.
but today the feeling hit me. I felt I left. I missed the shala energy, the voice of the guru, my practice changed, my body adapting to the new wet climate of Bali. what to do now after mysore?
thank you India. thank you Sharath. and all my old and new friends and like-minded people. don't want to write a list because so many are in my heart and would be afraid to forget to write the name... but yes you that is reading, you are one. just a pm to Silvia and Raquel with whom I lived the first intensive month, we rocked with the best rooftop! and Si Au and Lleo, Michael and Boris, we ate maybe too much chocolate cause we laughed too much together. there was again a special light on this trip. the stars united us forever. all my love.
photo credits to Tiago d´Oliveira, an amazing Portuguese photographer thats rocks around the world.
no preciso momento em que chegava à ilha dos deuses atravessava também uma espécie de tornado e o avião era como uma pena frágil num céu branco e ventoso. ao meu lado vinha um casal, Kevin James (que dá uns kirtans lindos) e sua namorada, vi que ela rezava, eu o gayatri mantra, a pensar no piloto dizendo-lhe que estava com ele, acontecesse o que acontecesse. quando chegamos a terra, bateu-se palmas, suspirou-se de alívio, o avião respirou, lágrimas foram choradas, só quis sair dali para abraçar as minhas meninas e mãe. o resultado foi que aterrei em bali, senti-me em terra e enraizada, como se os dois meses fossem de repente um sonho distante.
mas hoje senti, senti a minha prática diferente, que já não estou na energia do shala nem ouço a voz do guru, o corpo a adaptar-se ao novo clima húmido de Bali, o dia-dia. e agora, o que se passa depois? com levar para o dia-a-dia o que aprendemos no tapete?
obrigada mysore. obrigada sharath e a todos os meus antigos e novos amigos e like-minded people. não queria dizer nomes porque muitos estão no coração.. muitos mesmo... sim tu que lês estás e seria uma lista imensa e temo esquecer alguém :) mas a Sílvia e a Raquel com quem vivi o primeiro mês em frente ao parque e fizemos os melhores rooftops de mysore e a Si Au e Lleo, o Michael e Boris, da casa do chocolate man tiveram uma luz especial nesta viagem. as estrelas juntaram-nos para sempre. todo o meu amor.
photo credits to Tiago d´Oliveira, um fotógrafo fabuloso português que anda pelo mundo, de quem vão ouvir falar :)
EN
on the third day it finally hit me. just today I felt I left Mysore, the shala, India.
leaving India is not easy. because its a different yogic dimension, reaching the bottom, who are we, the essence of what is. for the good and bad, magic and not, spiritual. I refreshed my sadhana for two months but would have continued for the long-life journey if not for my daughters.
and landed in Bali. in the true sense, I had the worst landing of my life, it crossed my mind to die and only thought of my daughters waiting for their mom at the airport and not see me ever again. ooowww. life is so ephemeral and two seconds are enough for everything to change. so yoga taught me to just be and present... and it is in these moments that recon where in the process of consciousness are we.. and how close to feel the real peace ... within...?
at the precise moment that I was landing in the island of the gods a kind of tornado was passing by as well and the plane felt like a fragile feather in a white and windy sky. next to me came a couple, Kevin James and his girlfriend (he gives this amazing kirtans), and I saw that she started to pray and I began to chant the Gayatri mantra and sending energy to the pilo telling that was with him, no matter what. when we touched ground, there were clapping hands, sounds of relief, the plane breathed, tears were cried, and I just wanted to get out and hug my girls and mom. at the end the result was that I landed in Bali, I felt rooted and the grounding energy made the two months seem a distant dream.
but today the feeling hit me. I felt I left. I missed the shala energy, the voice of the guru, my practice changed, my body adapting to the new wet climate of Bali. what to do now after mysore?
thank you India. thank you Sharath. and all my old and new friends and like-minded people. don't want to write a list because so many are in my heart and would be afraid to forget to write the name... but yes you that is reading, you are one. just a pm to Silvia and Raquel with whom I lived the first intensive month, we rocked with the best rooftop! and Si Au and Lleo, Michael and Boris, we ate maybe too much chocolate cause we laughed too much together. there was again a special light on this trip. the stars united us forever. all my love.
photo credits to Tiago d´Oliveira, an amazing Portuguese photographer thats rocks around the world.
you are glowing beautiful Sister! saudades
ReplyDeleteUma inspiração :)
ReplyDeleteObrigada por partilhares as tuas experiências. Para quem só sonha com algo semelhante poder ler-te é uma bênção.
ReplyDeleteJá agora esta foto está espectacular.
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